domingo, 15 de setembro de 2013

AUTÁRQUICAS 2013 - Publicado no Jornal do Pico a 13 de setembro de 2013


 

Autárquicas 2013

Domingo, 29 do corrente, é dia de eleições para os Órgãos Autárquicos. Nunca é demais lembrar que é dever de todo o cidadão votar, cumprindo assim o mais importante ato e usando o mais poderoso instrumento que a democracia e a liberdade lhe proporcionam – o voto.

É claro que a campanha eleitoral já há muito começou e a maioria das listas já está apresentada. Como é habitual, os candidatos, ou não fossem candidatos - eu também já o fui várias vezes - garantem apresentar-se ao eleitorado ou com novos projetos, projetos de mudança, se é a primeira vez que concorrem; ou com a mesma frontalidade, a mesma seriedade e o mesmo empenho com que sempre o têm feito, se são candidatos de continuidade. Uns e outros sempre e só com um único objetivo; mudar o Pico para melhor.

Ninguém duvide que os propósitos são nobres e na generalidade dos casos autênticos, falo de experiência feita. Todos têm, é suposto terem, consciência de que nem tudo está feito. Porém, todos devem ter consciência de que apesar de o Pico, fruto do investimento dos Governos Regionais, das Autarquias Locais e da capacidade de iniciativa dos seus cidadãos, já não ser o mesmo de há algumas décadas atrás, também ainda não atingiu o grau de desenvolvimento que todos desejaríamos e que permitiria responder aos picoenses de forma satisfatória, não deixando ninguém para trás.

 Para uns, o trabalho feito é a prova de que continuam a merecer a confiança do eleitorado. Obras mal projetadas e mal executadas, feitas e refeitas várias vezes e alcatrão que não chegou onde devia, mas que chegou a currais de porcos são coisas que agora não convém lembrar, não vá o diabo tecê-las - é que, como sabemos, nem sempre o trabalho feito faz prova de merecimento de confiança.

Para outros, porque novos na função e, em alguns casos, na faixa etária, é a energia da juventude e a confiança no futuro, a par da integridade e credibilidade que por enquanto ninguém põe em causa, a par de novas ideias, que nem sempre são assim tão novas, tal como alguns velhos? candidatos, quer na idade quer na função que, do seu ponto de vista os credibiliza e faz merecer a confiança do eleitorado.

Há que, com originalidade, inovação e sentido crítico, cortar com práticas do passado, pugnar pela defesa da verdade e da transparência, mesmo quando tal possa incomodar alguns, e avançar só com propostas credíveis e exequíveis, não embalando na falsidade e na mentira prometendo o mar e o fundo quando nem “nadar” sabem. 

Seja como for é meu desejo que os novos eleitos sejam capazes de representar um potencial de progresso, pondo toda a sua energia e criatividade ao serviço do Pico e dos Picoenses, que bem merecem e desejam.